quinta-feira, 16 de maio de 2024

Ode a Ponte

Tirei essa foto da grafia em meados do dia 18 de abril. Estava andarilhando mentalmente enquanto sentado com areia, aguardava o emancipar da noite pela voz das mulheres guardiãs do Poço da Draga. Fitei o mar, olhei para a imensidão de suas superfícies líquidas, mornas de calor humano, abraçadas pelas ondas que se formavam e explodiam em espumas musicais. Lá estava ela, linda, com as curvas do seu corpo metálico silhuetando a paisagem, mais imponente do que a vizinha Iracema que um dia desses desmaiou de cansada no calçadão das pegadas. Sua ruinosa beleza de linhas visíveis e invisíveis emaranhavam ao longo de seu véu aquoso os beijos, as declarações de amor dos casais amigos, dos (re)encontros ancestrais, da esperança pelo retorno daquela(e) que partiu para outro lugar, um alguém que só pode ser recuperado pelos fluídos e os ventos fortes. Fiquei enamorado por todos os movimentos que a sua presença despertava naquele lugar que nós partilhavamos. Você no palco, e claro, eu na plateia arenosa, junto a recordações pregressas, memórias devir. Velha ponte velha, tu és ainda menina aos olhos daqueles que de ti saltaram; daqueles que por meio de ti se alimentaram; daqueles que em ti tatuaram desenhos silênciosos que hoje reivindicam um lugar de fala no corpo arquitetônico de uma cidade plastificada; daqueles que sobre ti depositam a narração familiar; daqueles que sob ti se amam sem medo dos olhos dissimulados dos indiferentes. Mas tu vês, teus olhos de ressaca tem inquirido os poderes de uma cidade que vem desfalecendo aos poucos. Ponte, no dia 18, em seus quase 118, antes da ode das guardiãs, fiz para ti a minha ode em murmúrios do pensamento que hoje remonto para não me esquecer, para que ninguém esqueça da sua importância para todos nós.
Fonte imagem: Acervo Rastros Urbanos Texto escrito por: Lucas Pinheiro Tenório Farias, graduando em Ciências Sociais (UFC) e bolsista FUNCAP do Programa de Pós Graduação em Letras (UFC).

terça-feira, 23 de abril de 2024

Encantamentos no chão da Aldeia

Nós não damos a devida atenção às "coisas" de nosso mundo. Seguimos um caminho de passos solitários, pegadas que não comungam entre si, pegadas que exorcizam pela indiferença os mistérios que compõem a nossa sociedade, retirando dela todo o encantamento de sua formação. George Simmel já nos dizia "O segredo oferece, por assim dizer, a possibilidade que surja um segundo mundo junto ao mundo patente [...]. Nos últimos tempos venho tendo conversações com os restos da humanidade, com a sociedade do descarte, que faz do chão não somente a sua casa, mas o seu palimpsesto existencial, a folha em branco das suas biografias. Não diria que virei um arqueólogo pois não me contento em escovar ossos , não saberia juntar todos os pedaços dos cadáveres da civilização; tão pouco quero escovar palavras, pois não saberia como fazer delas um perfeito túmulo para repousar significâncias e significados. Eu quero escutar a voz silenciosa dos restos, quero tomar café com os rastros, escutar as suas lamurias, imaginar como tudo teria sido diferente antes dos seus traumas (corte) de abandono nas ruas da cidade. "De que pés teriam pertencidas aquele único par de chinelas deixadas na avenida?". "Quem haveria de ter morado naquela casa da esquina?" As fissuras das lacunas do mundo nas/das/em miudezas nos cortam mais do que vidros ao chão, pois podem infinitamente fazer regurgitar de nós um sangue invisível sem que os nossos corpos se desistegrem por completo. Aprendi a escutar as coisas, interroga-las, mas sem esperar delas repostas alguma. Não me amontoo com elas, caminho junto a traças, vidros, chinelos, papeis e ossos. Na vida quanto mais se cala mais se escuta. É construindo um silêncio de observador que os garimpos ocultos da memória começam a iluminar as terras sombreadas dos lugares por onde passamos e a nos oferecem a sua verdade, uma nova narrativa para entender a cartografia do abandono, da desigualdade e da indiferença. Um simples obelisco, tomado por lodo, pode não só conter as rachaduras de uma sociedade trincada, mas também, fazer de seus cortes uma esperança de dias que desvelem ou possam desvelar cicatrizes.
Fonte Imagens: Acervo fotográfico Lucas Pinheiro Texto Escrito por: Lucas Pinheiro Tenório Farias, graduando em Ciências Sociais (UFC) e bolsista FUNCAP do Programa de Pós Graduação em Letras (UFC)

sexta-feira, 15 de março de 2024

Uma Fortaleza de Ruínas

Uma Fortaleza de Ruínas Não Michel de Certeau, não era só Nova York que não sabia envelhecer, Fortaleza também não sabe, tão pouco tem aprendido que não se inventaria um futuro demolindo o passado, deixando-o ruir pela ação omissa de quem apenas observa a cidade do topo das suas varandas egocêntricas e cujo campo de visão tomba apenas para um horizonte limitado de azul, enquanto nas ruas as cores são muitas, os entrelaçamentos infinitos pelas mãos de quem torna realidade os desejos exóticos do “céu”. No dia 5 de Março de 2024, fomos impactados, mas não surpreendidos, com a notícia de que o poder público municipal decidiu (após anos de negligência) demolir o histórico Edifício São Pedro, primeiramente Iracema Plaza, inaugurado em 1951 e cuja moderna arquitetura que se assemelha a de um navio, convidou em diferentes épocas de maresias, ricos e pobres para as suas confortáveis e espaçosas cabines. Como o primeiro prédio com mais de três andares na Praia de Iracema era um refúgio das elites que buscavam uma fantasia luxuosa para experienciar. Entre os serviços oferecidos pelo Hotel, um restaurante de nome Panela atraia visitantes ilustres para provar suas comidas internacionais. Foi após a década de 1970 quando deixou de oferecer atividade hoteleira, apenas comerciais e residencial, que foi rebatizado para o que hoje conhecemos: Edifício São Pedro. Mas foi também nesse ano que a falta de investimento atingiu o imponente projeto, resultando nos anos 2000 no esvaziamento dos sonhos de uma “Fortaleza bela”, bem como em propostas de tombamento e “revitalização”. Em uma destas, uma enorme torre de 95 metros cresceria das entranhas do São Pedro e recuperaria toda imponência que o presente lhe havia roubado. Todavia, como qualquer grande nau que navega pelas líquidas águas da modernidade, o Iracema Plaza/ Edifício São Pedro foi ao encontro dos icebergs de blasé, tombou, os botes salvaram a vida dos tripulantes, mas não há bote para um barco naufragando. O prédio ainda deverá ser torturado antes de ir ao chão no prazo de 90 dias, isto é, deverá ser derrubado aos poucos. Mesmo assim, sob a terra da Luz os vestigios das muitas vidas nas ruínas do Edifício São Pedro farão crescer uma outra cidade, que deverá ser regurgitada sempre que a sua inflamação vier a tona, sempre que lembrarmos que o direito à memória é para todos inclusive para os edifícios, praças, pontes e chafarizes, pois eles são "coisas", portanto vivas, pujantes, coabitando e existindo conosco nos caminhos da vida humana e urbana. Mas não só isso, como rastro, também são, como diria Walter Benjamim, a aparição de uma proximidade, das nossas próprias proximidades. Para: Edifício São Pedro, sua memória Jamais será esquecida. : Texto escrito por: Lucas Pinheiro Tenório Farias, graduando em Ciências Sociais (UFC) e bolsista FUNCAP do Programa de Pós Graduação em Letras (UFC).
Fonte Imagens: Site do Governo do Estado do Ceará Documentário: Lastro - Memórias do Edifício São Pedro

domingo, 2 de julho de 2023

PALESTRA: Guardiãs das memórias: uma experiência de extensão e pesquisa

O grupo de estudos, pesquisa e extensão da UFC @rastros.urbanos está com a exposição GUARDIÃS DAS MEMÓRIAS, em cartaz no @mauc, sob a curadoria da Profa. Cristina Maria @morganadasbrumas e de Alana Brandão @alanabmoura. Para garantir a acessibilidade visual ao público PcDV, a exposição conta com quatro peças táteis e QrCodes com audiodescrição, feitas em parceria com o projeto Fotografias Táteis @fotografiatatil do Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Design, coordenado pelo Prof. Roberto Vieira, e com o Grupo de Legendagem e Audiodescrição- LEAD/ UECE @latavlead , coordenado pela Profa. Vera Santiago. Nas palavras das curadoras da exposição: “A proposta é transformar essa experiência imersiva e inclusiva em uma forma de interligar o Centro de Humanidades. Por isso, queremos divulgar o trabalho também em parceria com a @bchufc como uma forma de incentivar os leitores e pesquisadores do nosso Centro para que visitem e conheçam o nosso Museu de Arte.” – Dia 27/06 (terça-feira), às 15h, houve uma apresentação especial no canal @plurissaberes no YouTube, no Espaço de Cocriação Audiovisual da Biblioteca do Centro de Humanidades. A gravação ficou registrada: https://www.youtube.com/watch?v=z4UBbzDLqwM Fotografias: CHICO GUERRA @chicoguerrabra

terça-feira, 20 de junho de 2023

Resenha: Hibisco Roxo

Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana reconhecida como uma das mais importantes autoras africanas da contemporaneidade. Adichie (2019) revela marcas da dominação ocidental ainda no fervilhar da imaginação de uma jovem criança quando aos 7 anos consumia e escrevia sob a base homogênea das leituras de livros infantis britânicos, fazendo-a criar personagens de olhos azuis que comiam maçãs, bebiam cerveja de gengibre, andavam sobre a neve que caía do céu e conversavam monotonias. Todavia, a sua realidade de mulher nigeriana era diferente daquilo que outrora escrevia, onde morava não havia neve, tão pouco se comia maçãs - eram mangas- e nunca se falava sobre o tempo, não havia necessidade. Mesmo assim, anos mais tarde ao fazer intercâmbio para estudar nos Estados Unidos causava espanto em sua nova colega de quarto por ao invés da “música tribal” ouvir Mariah Carey e saber utilizar um fogão. No seu romance Hibisco Roxo (2011), logo no início da trama podemos entender aquilo que a autora propunha no sentido de trazer uma outra perspectiva à cegueira branca que impede com que enxerguemos os outros (SARAMAGO, 2017) dentro de uma coletividade no mundo ocidental. A personagem principal, Kambili, uma jovem adolescente, começa a narrar a sua história a partir de quando os hibiscos do seu jardim eram de um vermelho chocante, ou melhor, quando eles enquanto coisas vivas (INGOLD, 2012) ainda não tinham percebido que a sua própria realidade começava a trincar, e se desmantelar tal qual “inúmeras bailarinas de cerâmica" (ADICHIE, 2011), remetendo em sua simplicidade factual o momento em que o riquíssimo patriarca e fervoroso religioso, Eugene, reconhecido por muitos como “omeloral”, atirara um missal no filho, o pequeno Jaja; bem como o desdobrar das transformaçoẽs sociais causadas por sucessivos golpes militares na Nigéria coadunada sobretudo, com a contínua sangria do colonialismo na língua e nos costumes. Tendo em vista o seu poder em fazer estremecer as estruturas da dominação, a arma questionadora da palavra se transformava em um perigo constante tanto para Kambili que buscava as respostas para suas inquietudes interrogativas lendo os olhos dos outros, através do que ela chamara de “língua dos olhos” (ADICHIE, 2011, p. 55) principalmente, os da sua umunna (família); quanto para os homens e mulheres que habitavam a Nigéria, um deles, Ade Coker, amigo pessoal da família Achike “um homem pequeno, rechonchudo e risonho” (ADICHIE, 2011) do editorial de Standart, fora preso, torturado e tempos depois morto com uma bomba em um pacote na frente de toda família pela ditadura militar após uma matéria publicada. “Mas o que nós, nigerianos, precisávamos não era de soldados para nos comandar; precisávamos de uma democracia renovada” (ADICHIE, 2011, p. 15), dizia fervorosamente Eugene, ou melhor, a própria Chimamanda em sua escrevivência. Ainda nessa perspectiva escrevivente, no decorrer do enredo a autora faz menção simbólica a um assasinato brutal ocorrido em 1995 pela então ditadura militar da Nigéria, liderada pelo tenente-general Sani Abacha: o enforcamento de Ken Saro-Wiwa, jornalista, produtor e ativista ambiental. No entanto, para narrar de maneira ainda mais cruel as repressões violentas a posição militar, o personagem de Adichie (2011), fora morto ainda de modo mais colérico, Nwankiti Ogechi, teve seu corpo dilacerado por balas num bosque em Minna, “Depois, jogaram ácido em seu corpo para fazer sua pele derreter, para matá-lo mesmo depois de eles já estar morto” (ADICHIE, 2011, p. 101), tentando apagar os rastros daquilo que um dia fora vivo. Todavia, segundo Didi-Huberman (2017), as coisas estão sempre sendo regurgitadas, escavadas, descascadas, descobertas de forma que a destruição dos seres, não significa que eles foram para outro lugar, mas sim, que ainda continuam (sobre)vivendo através das marcas deixadas no tempo e no lugar onde foram tecidas. Desse modo, com a ausência da palavra verbalizada, Kambili fazia dos olhos palavras pensadas, que, assim como os cânticos cristãos das missas do padre Benedict, ressoavam e escorriam por vezes negativamente em seu corpo físico, Um desses eventos se deu quando a sua mama (mãe) sofrera novamente outro aborto após um episódio de agressão física de Eugene. A jovem garota descrevera melancolicamente a cena: “Mama estava jogada em seu ombro como os sacos de juta cheio de arroz que os empregados da fábrica dele compravam aos montes na fronteira com o Benin” (ADICHIE, 2011, p. 18). Kambili nunca se recuperou por completo da fatídica cena, e por vezes via o vermelho sangue fresco escorrendo do poço visceral da mama misturar-se como a alma de seu irmão morto. Contudo, Eugene sempre culpava a esposa Beatrice pela morte do filho, a quem obrigava a rezar por perdão divino. Aliás, a prática da penitência no lar da família Achike, pressupunha muitas vezes água fervente derramada sobre os pés até que a pele se desgrude quase que completamente. Contudo, de outra ponta extrema da realidade de suas vidas, Kambili e Jaja, percebem durante a viagem a Nsukka que o mundo não é somente um lugar de sussurros, silêncios e continências religiosas, mas sobretudo, um lugar onde as pessoas habitam com as suas mais íntimas práticas, seus costumes e diferenças. Foi dentro da pequena casa de tia Ifeoma, juntos aos primos, Chima, Amaka e Obiora, onde os jovens irmãos começam a descobrir a si mesmos, seja atráves do contato com as flores do barulhento e misterioso jardim, a escassez de comida e água, os protestos dos estudantes na Universidade da Nigéria, a devoção aos deuses ancestrais do PapaNnukwu (avô), ou a paixão pulsante pelo padre Amadi. Cada um desses aconteceres levaram Kambili e Jaja a uma nova dimensão do próprio ser, trazendo a tona o que antes engoliam em segredo: a opressão no próprio lar. A história trazida por Chimamanda é um reflexo íntimo e sublime da realidade das práticas culturais da Nigéria, e principalmente de como a cultura ocidental apoiada nas suas convenções patriarcais tenta cercear a liberdade religiosa, linguística e das próprias instituições nigerianas, instaurando um cenário epistêmica. Contudo, os hibiscos roxos enquanto coisas (INGOLD, 2012) são vivos e passam a serem testemunhas dessa ação truculenta e dilacerante do poder hegemônico, ocidental. A chave para o entendimento da complexidade dessa leitura está na capacidade com que enxergamos os Hibiscos.

*Resenha escrita por Neila Leyelle da Costa Anchieta e Lucas Pinheiro Tenório Farias, bolsistas de iniciação científica do projeto "Rastros da Memória em narrativas literárias: Grafando recordações na literatura africana e brasileira", orientado pela professora Cristina Maria da Silva, e integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas Rastros Urbanos - UFC.

REFERÊNCIAS 
ADICHIE, Chimamanda Ngozi.O perigo de uma história única.São Paulo: Companhia das Letras, 2019.  
ADICHIE, Chimamanda Ngozi.Hibisco Roxo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.  
DIDI-HUBERMAN, Georges. Cascas. São Paulo: Editora 34, 2017. 
INGOLD, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, 18, 37, p. 25- 44, jun. 2012.  
SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira. Companhia das letras. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. 
1 - Hibisco Roxo: Fonte - Google imagens. 
2- Capa: Fonte - ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Hibisco Roxo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.7  
3- Chimamanda: Fonte - Google Imagens  

terça-feira, 13 de junho de 2023

Convite: Palestra "Guardiãs das Memórias nas Cidades: Uma Experiência Imersiva no Mauc"

Acessar as experiências de vida de mulheres por meio de suas fotografias e de seus traços visuais no tempo, a partir de um projeto de extensão e da criação de uma experiência imersiva no Museu de Arte da UFC. Nos arquivos e nos rastros de várias mulheres, percorremos resquícios de suas memórias, que não nos permitem necessariamente acessar a completude de suas vidas, mas nos vinculam ao que há de coletivo em suas biografias. Buscaremos percorrer suas existências a partir das imagens, dos lugares por onde passaram e o que delas restou em nós. Nesse sentido, convidamos a todos para a palestra, parte da programação da experiência imersiva, que acontecerá no MAUC dia 15 de junho das 14 horas às 17 horas com a professora Cristina Maria da Silva. A incrição para a palestra está disponivel no link https://mauc.ufc.br/pt/abertura-da-exposicao-guardias-das-memorias/. Haverá emissão de certificados.

sábado, 10 de junho de 2023

Experiência: "Guardiãs das Memórias"

A experiência imerciva "Guardiãs das memórias" em cartaz desde o dia 05 de junho de 2023 no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará e busca trazer aos visitantes o contato com a vida de mulheres acessadas por meio das fotografias, do bordado e os demais traços visuais ao longo de suas trajetórias. Para além de uma proposta de exposição, "Guardiãs das memórias" montado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa Rastros Urbanos trará também palestras, oficinas e minicusos buscando refletir conjuntamente as memórias das mulheres e assim, a própria memória da cidade. A experiência imersiva tem a curadoria da Professora do programa de pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará e coodernadora do grupo de estudos, Cristina Maria da Silva e de Alana Brandão Moura, bacharela e licenciada em Ciências Sociais pela UFC. Aberta até o dia 14 de julho de 2023 e a todos os públicos. Contato: instagram.com/rastros.urbanos rastrosurbanos@ufc.br.