Com agulha e linha é que se tece
a vida. O tempo das fotografias é como agulha e linha cosendo o tecido
dando-lhe forma e tornando-o visível nas suas estampas. Álbuns, fotos avulsas,
impressas, digitais, que paisagens eles nos dão, de que tempos nos falam? Quem
ou o que se dá para nós nessas imagens? O que de tantos outros se faz presente
nas imagens que se montam diante de nossos olhos? O que herdamos com as imagens
que chegam até nós e se aconchegam aos nossos cuidados? Quanto de nós cuida
delas o quanto delas cuida de nós? O que elas nos dão quando são dedicadas,
enviadas ou compartilhadas? Que afetos nelas se abrigam, o que relampejam deles
em nós?
Fotografias unidas ou dispostas
ao acaso em nossas mãos são uma tessitura onde nem sempre vemos quem segura a
agulha e a linha, mas a existência se tece em nós...
Nenhum comentário:
Postar um comentário